Escorre lentamente pelos lençóis
A poesia embalsamada de desejos.
A rima precisa, elaborada, do teu corpo
Mistura-se às minhas metáforas
Numa amálgama lacônica
Livre de paradigmas ou convenções.
O ritmo alternado dos versos
Produz uma poesia única e absoluta,
Enigmática,
Nas entrelinhas camuflada.
Esquece-se das rimas, estilos, modelos,
E transcende a poesia das imortais palavras.
Desconhecendo limites
Emaranha-se no seu poema corpo
Libertando-se das convenções sociais
Poesia marginal.
Desnuda-se de rótulos
Veste-se de energia
Toma carona num vento ousado
E passa a semear palavras soltas
Que se perdem entre os lençóis...
E recomeça tudo de novo.
Denize Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário