Se o meu mundo
Hoje
acabasse
E se meu chão
Se
abrisse em fendas
E se o meu corpo
Desabasse
nesse abismo-ínfero
Meus sonhos de grandeza criariam asas
E
sobreviveriam ao caos.
Imortais, meus sonhos alados
Vagariam pelo céu engalanado
E pelos misteriosos desertos áridos de além
E pelos
oceanos infindáveis
De outras
plagas cósmicas
Onde não há limites certos e nem medidas...
A infalibilidade dos sonhos que sonho
Romperia todas as barreiras da vida
Do gênese, da evolução, do ocaso
Na ânsia incontida de encontrar seu paradeiro
Incomum.
Ah, esse amor sonho que nutro
Sem culpas, mas também sem identidade
Sobrevive de quimeras, transitórias ilusões
Feitas de momentos tão ternos e eternos,
De palavras dormidas, de saudades absurdas...
Etéreos, livres de matéria, meus sonhos alados
Levar-me-iam às névoas do paraíso
Para que eu pudesse sentir o toque suave
Da brisa celeste, fresca e divina
E das plumagens de um Deus de carne e osso.
Denize Maria.
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