'' Falar sem aspas,amar sem interrogação, sonhas com reticências,viver sem ponto final.'' Charles Chaplin

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

PERMITA-ME



Não faça segredo de teus braços
Quando eu vier lhe procurar
Deixe-me aconchegar ao seu peito
E sentir teu coração pulsar.

Permita que eu toque teus lábios
Quero sentir a maciez e o calor de tua boca
Deixe-me possuir com suavidade inocente
O que certamente me deixa louca.

Consinta que eu sinta o teu perfume
Aquele que exala de tua pele tropical
Deixe-me ser invadida pelo cheiro
Que desperta  em mim a mulher sensual.

Permita que eu aprecie as estrelas
Que em teu olhar brilham sem cessar
Elas têm poder de despir minha alma
E me dar asas para poder voar.

Não faça segredo do teu corpo poesia
Quero-o inteiro, versos, rimas e paixão
E assim compor juntos uma  história de amor
N uma tarde quente de verão.


Denize Maria.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ENCRUZILHADA



Em algum lugar
Um sonho vaidoso
Encontra uma realidade ponderada (prudente)
Repousando sob a sombra da comodidade.
Com astúcia,
O sonho forasteiro
Tenta persuadi-la...
Usa de artimanhas
Ousa seduzi-la...
A realidade precavida,
 Refugia-se dentro de si mesma
Rebela-se... Impõe barreiras
Luta.
Exaurida, rende-se enfim.
Invadida por uma inquietude inexplicável
Deixa-se envolver em sua completude...
Guiada por olhos de intensa magia
Preenche o mesmo caminho vasto
De todo cotidiano banal
Com flores e estrelas...
...andava ao lado do amor sem medidas...


Denize Maria.

domingo, 26 de janeiro de 2014

TRAGA-ME, POR FAVOR...



Traga-me, por favor,
A estrela cadente que me prometeste
Aquela flor perfumada  ainda chorada de orvalho
E um beijo quente e ousado... Demorado.

Traga-me, por favor,
A lua cheia, boêmia das madrugadas
A chuva de verão que me molha por inteira
E teu olhar sedutor e misterioso... Gostoso.

Traga-me, por favor,
O sol de janeiro para me aquecer
O imenso mar para me refrescar
E seus braços para me envolver... Entorpecer.

Traga-me, por favor,
O vento manso para me dar asas
A relva e a sombra aconchegante
E o teu sorriso para me cativar... Enamorar.

Traga-me, por favor,
O por do sol para juntos apreciar
As areias brancas para me deitar
E teu corpo ardente para me amar... Desejar.

Traga-me, por favor,
Os teus mais belos versos de amor
Com todos os odores, cores e sabores
De rimas perfeitas como se fossem carícias... Delícias.


Denize Maria.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SORRIA-ME OS OLHOS TEUS



Sorria-me os olhos teus
Enquanto chorava a natureza
Pareciam duas estrelas faiscantes
Que me enchiam com sua beleza.

Prometiam-me mil delícias
Bastava que eu seguisse o brilho
Deixasse-me conduzir por suas mãos
E soltasse minhas amarras do chão.

Dormiam os anjos quando pisei no paraíso
Senti que os medos haviam evadido
Despi-me das vestes e adornei-me de luz
A lua encontrou dois corpos nus.

Não havia promessas nem planos
Eram apenas duas almas que se encontravam
Enamorados pela alegria de viver
Ávidos para desta fonte beber.

Sorria-me os teus olhos
Que me enchiam com sua beleza
Prometiam-me mil delícias
Se soltasse minhas amarras do chão.


Dormiam os anjos quando pisei no paraíso
E a lua encontrou dois corpos nus
Não havia promessas nem planos
Para ávidos  desta fonte beber.

Sorria-me os olhos teus...


Denize Maria.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SUTILEZAS



Feito luz que veio tocar meu coração
Acender estrelas dentro de mim
Você chegou de mansinho
E veio me fazer um carinho.

Trouxeste um pedaço de um fim de tarde
Colorido de ouro e carmim
Trouxeste nos olhos um restinho de oceano
E a promessa de um amor insano.

Passeei nas dunas quentes de teu corpo
Sem tempo, sem espaço, sem pressa...
Colhendo de tua boca o meu pecado
Fazendo-me adormecer em teu corpo colado.

Ficaria a noite toda, a vida toda perdida em teus braços
Assistiria junto de ti o despertar do dia
Sentiria na boca o gosto de café
E  adormeceria com o carinho de um cafuné.

Voaria contigo por poemas sem rimas
Só para sentir a brisa tocar meu rosto
Colheria estrelas para teu quarto adornar
Seria tua musa e te faria sonhar.


Denize Maria

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

TEMPO




Dá-me um minuto de teu sorriso
Para nele mergulhar
Até as profundezas do desconhecido...
Aventureiro esse teu sorriso maroto
Que alivia as mesmices do cotidiano.

Dá-me um minuto de teus lábios
Para poder saciar os meus;
Poder parar o tempo no momento
Em que meus lábios tocam os teus
E deixam cair argumentos mascarados.

Dá-me um minuto de teu olhar
- Cachoeira de luz -
Que banha a escuridão
Espalhando ondas de delírio
Sobre meu corpo em latência secreta.

Dá-me por um minuto tuas mãos
E as farei conhecer novos caminhos
Para se unirem às minhas...
Correr pelas searas, rasgando os trigais
Que se deitam ao sabor do vento.

Dá-me um minuto de teus sonhos...
Que então te levarei comigo
A vagar pelos campos da fantasia,
Mostrar-te-ei como é suave
O galopar dos cavalos alados.

Dá-me um minuto
De tua vida, de tua alma,
Então eu, com a magia do amor,
Transformarei o efêmero em eterno.


Denize Maria.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ETERNA MENINICE



Queria eu poder brincar com tua meninice temporã
Espantar compromissos amadurecidos
E me entregar ao mágico fascínio
Que nasce forasteiro de teus olhos de avelã.

Brincar com teu olhar matreiro
Com tua cortesia poética
Poder acordar o sol que dentro de ti reside
E ficar de bobeira sem compromisso com os ponteiros.

Provar do doce beijo desejado
Com gostinho de fresca romã
Lábios abrasadores e sôfregos de querer
Ansiosos pelo encontro marcado.

Escorrer minhas digitais na pele quente
Amorenada pelo sol de verão
Sentir o perfume exalando pelos poros
E me entorpecer do nascer do sol ao poente

Percorrer caminhos curvos e sensuais
Desvendar segredos cobiçados
Dissipar os medos e as formalidades
Deixar aflorar intensamente desejos divinais.

Esquecer-se das horas do infinito tempo
Perder-se no momento que o relógio marca
Transformar teu sorriso em verso perfeito
Aconchegar-me a ti e sentir acalento.

Denize Maria.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

MADRUGADA


Abraços quentes
Apertados, envolventes
Olhares misteriosos
Despertando corpos fogosos
Peles perfumadas
Almas enfeitadas
A cada beijo
Ressuscitam desejos
Feito adolescente
A te curtir loucamente
Meu homem menino
Doce e místico felino
Vem brincar nas chamas
Levar-me pra cama
A lua sorrateira espia
Na madrugada fria
Silhuetas que se fundem
E sombras que se confundem.

Denize Maria.

domingo, 5 de janeiro de 2014

MOLECA ARTEIRA



Eu moleca arteira
Furtei um doce
Que tua boca trouxe
E me deixou faceira.

Roubei outros beijos quentes
Em papel de seda envoltos
Loucura emergente
Exílio de meus desejos revoltos.

Ao descobrir teus lábios
Me descobri  menina
Onde o tempo não passa
E nada vira rotina.

Ao descobrir teus braços
Mulher me descobri
E no aconchego quente
A realidade do tempo perdi.

Tua pele quando toquei
Felina me descobri
Fechei os olhos, sonhei,
Tudo ao meu redor colori.

Denize Maria

sábado, 4 de janeiro de 2014

PRONTAMENTE



Traga-me água que verte de teus olhos.
Preciso saciar minha sede
Que teima em consumir minhas entranhas.

Traga-me a brisa.
Preciso acalmar meu corpo
Fazer sossegar meu peito
Que compulsivo bate arfante
Numa ansiedade virgem de flor botão.

Traga-me o mel adocicado.
Preciso com urgência de tua boca quente
De beijos doces e pagãos
Fazendo pecar inteiro o meu corpo
Como adolescente apaixonada por um amor primeiro.

Traga-me as estrelas
De brilho intenso e encantador.
Deixe-as passear pelos olhos meus
Permita-me enamorar fortuitamente
E querer-te meu o tempo inteiro.

Denize Maria.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

NA NOITE CHUVOSA DE JANEIRO

Na noite chuvosa de janeiro
Quando todas as luzes se apagam
E o sertão fica em total escuridão
Alguns  vagalumes solitários cintilam
Piscando aqui e ali entre as árvores
Brincando com nosso olhar curioso.
Enquanto aprecio o barulho da chuva
Caindo de mansinho, cantando baixinho
Me debruço sobre o peitoril da janela
E sobre minhas interrogações febris...
Brincando com a goteira que se forma
Deixo escorrer a água gelada por entre os dedos
Como quem quer adiar os desafios, parar o tempo...
Que pulsar é esse que vive de me atormentar?
Seria o despertar de um novo dia?
Seria o encontro do mar e a lua?
Seria o encanto assustador de um vulcão em erupção?
Seria a resposta incerta de uma certeza?
Seriam os medos e os desejos brincando de esconder?
Seria o poeta desvendando as entrelinhas?
A noite sem estrelas parece não ter vida
Uma imensidão vazia de nada,
Mas posso visualizá-las longínquas na escuridão
A observar o mesmo céu choroso.
Olhares estrelados se cruzam na imensidão das palavras
Os desejos se completam na grandeza dos pequenos versos
E nas reticencias permanece o camuflado querer ...
Na noite chuvosa de janeiro
Corpos sedentos se afogam em prazer.

Denize Maria.