Personagens principais:
Menina Maluquinha, Menina Poeta e Menina Morena.
Cena Um:
Procurando a salada no
prato da Menina Maluquinha.
Restaurante fervendo às
12h30min, fila enorme e interminável, uma profusão de cores, falares, trinar de
talheres, risos e comentários. No momento de servir-se, a quantidade e
diferenças do cardápio era tentador. Como eu adoro saladas e as cores me
fascinam metade do meu prato é destinada a saladas e legumes. Depois disso é
preciso acondicionar o restante dos alimentos que são a tentação mais
pecaminosa. Mas sem consciência pesada porque as saladas me salvem do inferno
das calorias em demasia, sigo na fila até o fim e ainda me sirvo de sobremesa.
Minha amiga, a Menina Maluqinha, fica colocando defeito nas saldas porque o que
ela quer mesmo é sustância alimentícia. No almoço geralmente podemos encontrar
um brócolis verdinho quase perdido naquele mar de macarrão, arroz, lasanha,
batata frita, carne... No jantar entre os andares do edifício formado por pedaços
de pizzas, eis que surge um retalho de alface verde clara, quase imperceptível
sobre a montanha de sabores diferentes dessa bombástica delícia calórica. Convenhamos
que a comida do restaurante do hotel é de boa qualidade. Mas as desculpas que
sempre prevalecem é a de que devemos aproveitar cada momento em cada situação e
que em casa nunca tem tanta variedade de sabores. Momento de comer, farte-se;
momento de dormir, desmaie; momento de caminhar na rua, vislumbre-se; momento
de andar na praia, aí sim, a Menina Maluquinha consegue perder seus óculos!
Cena Dois:
Cadê meus óculos!
Vindas do oeste do
catarinense o trio de “perdidas na ilha” resolve ir à praia tirar umas fotos a fim
de mostrar aos amigos e colegas no retorno da viagem. Fotos do tipo: morram de inveja-me,
estive em Canasvieiras!
Depois de algumas
fotos, poses e micos na areia da praia, eis que nossa colega Menina Maluquinha
(que usa óculos de lente, mas também queria usar os óculos de sol) nota falta
de seus óculos de lente. Ela havia tirado as lentes para fazer poses com os
óculos de sol, e quando se dá conta havia perdido seus óculos de lente. Na
areia nos arredores, nada do objeto!
-Sumiu meus óculos!
Meninas, vocês viram? Cadê meus óculos!!
Ninguém havia visto e
não estava com ninguém, nem em lugar algum.
O desespero toma conta
da Menina Maluquinha. – Eu não enxergo nada sem eles!
Prontamente nos pusemos
a ajudar na procura. As ondas do mar quebravam na praia e nós tentando
visualizar alguma coisa quando a maré voltava ao mar. Depois de algumas ondas
nos molhando até a cintura, eis que a enxergo os óculos da moça presos na
areia. Mas antes que eu pudesse alcançar, veio uma onda e tirou-me o foco. O
objeto sumiu diante de mim. Mais uma vez o nervosismo tomou conta de todas. Mais
alguns intermináveis minutos eis que a dona do objeto grita: - Achei!!! Não
acredito!!!
A Menina Morena mais
que prontamente grita: - então pega!!!
Os óculos estavam ali,
no raso da praia. Descobrimos que o mar não usa óculos.
Resultado da aventura:
duas molhadas até a cintura, chinelos cheios de areia, e muitos risos, tomamos
o caminho de volta até o hotel.
Aliviada pelo episódio,
restaram comentários impróprios relacionados ao tema do curso e as situações
ocorridas naquele início de tarde de novembro em Canasvieiras. E o curso continua...
Denize Maria
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