Um anjo de asas multicores
Vem na calada da noite
Cortejar meus sonhos
(mosaicos inacabados);
Rompe o sereno obsceno
Que finge dormir comigo
Submisso às trevas efêmeras.
Um anjo do bem e do mal
Com sua ânfora de bálsamo
Vem pousar em meu corpo inerte
Vem regar-me com fragrâncias de rosas;
Perfumar-me as mãos de brisa
No afã de espalhar aromas infindos
Pelas madrugadas do tempo.
Um anjo em sua cantiga suave
Vem trazer-me esmeraldas
Para ornar altares de oferendas.
Vem dissipar noites horrendas
Com olhares lampejos de bravura
E com poesias ousadas.
Um anjo forasteiro que se deita comigo
E preenche meus espaços vazios
Com gestos e palavras vibrantes
Faz-me prenha de novos horizontes
Para dar a luz aos sonhos de amor.
Denize Maria
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