Audacioso desejo
Transforma-se em alucinado torpor
Incontido anseio de semear sonhos
Nas
searas de meus dias.
De
colher estrelas nos confins
Das
madrugadas insones.
De
vestir meu corpo somente
Com
o brilho intenso de teus olhos.
De
perfumar-me com o aroma
De
teus lábios latejantes.
Desejo
de saborear o toque febril
De
tuas mãos em minha pele.
De
ultrapassar as barreiras e os tabus
E
mergulhar na poesia viva.
De
acreditar em profecias ciganas
E
acampar em teu corpo-poema.
De
trancar as portas, espantar os fantasmas...
De
singrar um oceano de fantasias
Num
barquinho de papel.
De
andar descalça
Sobre
as nuvens de nossas ilusões...
Tenho,
sim, a audácia de te querer...
Denize Maria.
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