'' Falar sem aspas,amar sem interrogação, sonhas com reticências,viver sem ponto final.'' Charles Chaplin

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DUELO

Apreciar da janela a canção da chuva
Construindo sua perfeita melodia,
É pressentir tua presença transcendental...
Ouvir acordes de violinos
No sopro do vento chegando à varanda,
É deixar-me embalar em teus braços longínquos...
O verso terá que bastar-se por si só
Camuflado em metáforas.
A eternidade bastará pelos momentos palpáveis,
Nas lembranças presas na memória.
Eu, ré reincidente,
Condenada a amar-te para todo o sempre
Na prisão do silêncio, amarga demora,
Impacientes ponteiros tendem a evaporar o tempo.
Na canção de teu sorriso solitário,
Princípios desabam sem  resistência.
No calafrio que passeia por vestígios deixados,
Trilhas vulcânicas em corpos febris.
Na memória viva desfeita de destinos
Vagando perdida num tempo que já se foi.
Aprisionados desejos duelam
Em corpos despidos de véus terrenos.

Denize Maria.

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