Passeava eu pelo teu jardim
Quando encontrei tua
janela entreaberta
E não resisti a tentação de presenteá-lo com o perfume das
flores roubado.
Teu corpo, porém, aprisionou-me os olhos.
Minhas mãos desejosas queimavam,
Tua pele alva me convidava ao pecado.
Passei pelos teus sonhos enquanto você dormia
Bisbilhotei aqueles anseios que escondias
Nas sombras de teus pensamentos
Presenciei e
senti teus suspiros...
Você nem se deu conta pela inércia do corpo,
Mas era eu quem
sussurrava em teus ouvidos...
Entre o torpor momentâneo e o despertar,
Fiquei encarcerada em tua alma...
Retirei-me silenciosamente
Enquanto tua pele evidenciava sinais de arrepios.
Deixei apenas rastros de um perfume
E vestígios de poesia...
Denize Maria
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