Na
solidão, mendigo de ocasião
Vaga
esse amor, que não é meu, ao relento...
Amam
os boêmios as madrugadas
E
entregam-se a soturnas serenatas
E
ao mórbido comércio de corpos;
Sensual
brisa envaidece-lhes o ego...
Mas
ela também se esvai como num voo.
É
sábio dizer... Quem nunca se fez só
E
triste em sua vida de escuridão?
Nem
mesmo a lua faz clarão nessa noite.
Às
vezes, é preciso andar a esmo, sem luz
Para
se encontrar a razão de amar e viver...
Vai,
amor vagabundo, toma tuas asas! Adeus!
Denize Maria.
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