'' Falar sem aspas,amar sem interrogação, sonhas com reticências,viver sem ponto final.'' Charles Chaplin

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BRISA

Ouço um recital ao longe
Que um vento indiscreto,
Ousado, atrevido
Presenteou meus ouvidos.

Guardei na lembrança
As ternas palavras
Doces torturas
Perfil da loucura.

Busquei em teus olhos
Recatado frio da noite,
Reluziu pedra preciosa
Lapidada, poderosa.

Reneguei sonhos forasteiros
Que furtaram minhas noites,
Incompreendidos momentos
Para minha alma, tormento.

Brisa que acaricia as pedras
Espalhando música no ar
Restam mãos abanando ao léu
Olhares se lançando para o céu.

Taça de bebida requintada
Cristal fino, nunca antes tocado,
Oferenda aos deuses pagãos
Enche os olhos, foge das mãos.

Chegou mansinho de madrugada
Nunca mais partiu
Não entendi porque ficou
Impressionante o quanto esse vento balançou.

Denize Maria.

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