Desprenderam-se as pétalas da majestosa flor
Já não sustentam os mesmos perfumes de outrora
Mortas, não serão ofertadas em serenatas quentes
Teme-as, falsa piedade, quem tem a alma à devora.
Pisam-nas os passantes distraídos, indiferentes
Alheios à dor do ferimento.
Apresa-se a morte, sem rodeios
A doer feridas que sangram incertezas.
Podam da flor o caule, acaba-se o vínculo
Na breve memória de ser pétala semiviva;
Resta a suave lembrança do carinho da brisa
Que num bailado de adeus amparou sua queda.
Denize Maria.
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