'' Falar sem aspas,amar sem interrogação, sonhas com reticências,viver sem ponto final.'' Charles Chaplin

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

EXÍLIO



  
Soam notas musicais
Leves, de mansa nostalgia
Que se perdem no balé das mariposas
No cio.
O vento aveludado, morno,
Sopra com delicadeza
O candelabro dourado
Que irradia púrpura luz.
Finos véus
Encobrem tímidos seios
Que aguardam teus festejos.
Cálido corpo
Orvalhado de desejos,
Estrada de sonhos forasteiros
Faz-se ávido pela entrega.
Meus braços, versos perdidos em ais
Abertos em constante busca
De aconchego
Tomam-te em breve e quente abraço.
Somos felinos enamorados
Da lua cor-de-prata...
...Sobre os muros, ressoam murmúrios.
Que renúncia ainda me cabe?
A quem interessa esse fim macabro?
Às poucas pedras de meu caminho
Entrego meus velhos lamentos

E busco exílio no acaso.

Denize Maria.

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