Vestido
rodado
De
renda bordado
Abre-se
em cirandas
Sobre
o assoalho da varanda,
Mal
cabe em si a menina
O
torpor da emoção a domina.
Tempo
de romper as barreiras do tempo
E
deixar a infância ao sabor do vento.
Libertar
os mais secretos anseios
Permitir
que a música lhe conduza aos devaneios,
E
sirva-lhe de voo para um mundo imaginário
Muito
além do visionário.
Ao
sabor do novo, então, que os olhos se curvem
E
vislumbrem horizontes infinitos que surgem,
Como
promessa de longa e vasta avenida
Enquanto
o corpo se embriaga de vida.
A
manhã morna já se tornou passado
Guardado
em quadro recém-pintado.
O
sol a pino já se derrama promissor
É
a juventude chegando com todo fulgor,
E
expande-se, alarga-se, debruça-se sobre
a letargia
E
a vida brota faceira em novas melodias.
O
vestido rodado traz ainda lembranças
De
um sonho que lhe foi roubado,
Pensou
ter encontrado seu grande amor
Restaram-lhe
apenas sombras que encobrem sua dor.
Denize Maria
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExiste uma menina em mim que se recusa a morrer, de vestido rodado esperando na varanda pelo grande amor...
ResponderExcluir