Reli
meus versos um a um
E
minhas palavras morreram nos abismos.
Esperei.
Não respondeu eco algum.
-
Será que te inventei?
Vai
ver... Já te criei ousado
Como
a mansidão dos verdes lagos vagos.
Cigano
meteoro desvairado.
-
Mentiram-me os sonhos?
Retalhos
de uma canção de amor
Plumas
ao vento valsando ilusões.
Girândola
de saudade, covardia e dor.
-
Onde vou chegar?
A
noite se enlaçou no veludo da brisa
E
descobriu-me louca, lúcida, ingênua, obscena
Na
procura da rima que meu verso precisa.
-
Eram reais as profecias?
Doeram
todos os músculos
As
âncoras enferrujando no cais
Na
inútil espera de novos crepúsculos.
-
Onde foi que errei?
O
sonho, essa frágil escultura de areia
Acordou
nu e só na praia deserta
À espera da brisa que vagueia.
- E
se a maré subir?
Denize Maria.
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