Vida
moleca que não cresce
E
corre descalça
Caminhos
de pedras e espinhos.
Bebe
da água que verte das dunas
Abraça
a paixão dos vendavais
E
abre os braços para o abrigo
De
loucuras e fugidias venturas.
Adormecida
no carinho da brisa
Passageira
vida viva passeia
Pelo
teu olhar vergel desabrochando...
Folhas
e flores de ilusões vernais
Acariciam
meu corpo e me entorpecem.
Giram
os astros a vida
Num
emaranhado de sentimentos
Num
romper de grades austeras
Numa
explosão meteórica de amor
Espalhando
destroços, e auroras;
Despertam
o encanto zodiacal
Na
demência dos medos
(verdadeiros
oceanos abismos)
Por
onde singram desejos
Que
partiram sem destino
(na
certeza, a insensatez os naufragou).
Na
ânsia do fim medonho
Ecoa
um grito uníssono de desespero
E
porquês buscam respostas
Numa
histeria sem limites.
Nossa
insanidade está disfarçada
Entre
flores e poemas
No
abandono de regras e normas
No
confuso delírio de viver
De
altas apostas nesse jogo sedutor
Brasa
que arde, veneno que vicia.
No
tempo curto de um flash, a vida
A
eternidade registrada como alma nômade
Vestida
de magia, adereço de felicidade.
Vida,
poção que encanta e intriga!
Entre
carrosséis e algodão doce
Numa
roda gigante faz-de-conta
Ria
de mim um palhaço macabro.
Quem
mandou a moleca acreditar?
O
destino me contou uma fábula:
Lírios
não brotam no deserto.
Denize Maria
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