'' Falar sem aspas,amar sem interrogação, sonhas com reticências,viver sem ponto final.'' Charles Chaplin

segunda-feira, 3 de junho de 2013

CONFLITOS

Sou o amor puríssimo
Que  se libertou dos elos terrestres.
Sou o amor que silencia, que acalma.
Sou a mutação moldando esse amor
Em longínqua dimensão.
Sou como criança solta ao vento
Vagando num verso perdido no tempo.
Sou um ramo de flores frescas
Com cheiro de saudades.
Sou quem mergulha nos mistérios do coração
E navega calma e mansamente
Nas ondas desse  amor.
Sou quem te ama sem pudores ou temores,
Só com muita ternura em total entrega.
Sou a força que transforma os sentimentos
Em inebriante felicidade.
Sou vertente que não cessa
Onde a razão lança redes.
Sou o oposto
Sou sol que brilha na madrugada.
Sou o que ninguém entende
Sou fogo que se acende na ventania.
Sou a lágrima pura que escorre
Ao som da mansa canção.
Sou o gemer das horas
Que espera paciente o tempo vagar.
Sou quem se perde em seu olhar
E delicio-me em teu sorriso cativante.
Sou a interrogação que silencia
Em forma de resposta.
Sou a melodia suave
Que invade sutil teu coração.
Sou o amor inexplorado
Que busca apenas existir.
Sou o amor que não exige mudanças
Sou o amor que superou o tempo e a distância.
Sou o relento que adormece
Sob o brilho incansável de tua estrela.
Sou o sussurro da noite
E a folha que baila no vento.
Sou o oceano de águas navegáveis
Em busca de praias calmas.
Sou ternura sem fim
Como a bruma sobre a cascata espumante.
Sou o alpendre
Onde se debruça o passado.
Sou o suporte, a base
Onde se firma a realidade presente.
Sou a janela da incógnita
Que se abre para novas auroras,
Onde esse amor viverá certamente,
Com a mesma intensidade que nasceu.
Sou o infinito
Onde o oceano beija o firmamento.

Denize Maria
(antiga, porque tinha que ser assim...)





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