Quando
ainda a madrugada envolta em névoa fria
Fazia-se
poema, rendida aos carinhos da lua,
Por
atalhos sedutores
Atraída
pelo ímã de teus olhos corruptores
Ousei
perverter-me em nosso paraíso.
Alforriei
todos os meus medos
Afloraram-se
todos os meus desejos,
E
descobri que há mel em teus lábios
-
bombons recheados que guardas só para mim.
Nosso
insano amor é fagulha de intenso calor
Garantia
de que os sonhos, embora breves, não são em vão.
Nosso
insaciável querer, como as açucenas
às
margens dos lagos - que amam exaustivamente as águas
Haure-se
de lembranças e momentos caros, seiva da vida
Eterna
saudade que inebria e nos enleva.
Voa
baixo o beija-flor, desenhando versos doces, sensuais
Vai
e volta vívido de amor, apossando-se das margaridas
Que
florescem em meus lábios que te esperam.
Eu,
sedenta, me devoro, vivendo dessa ânsia louca
De
possuir-te em toda tua volúpia, livre e leve
Como
um beija-flor do amor.
Denize Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário