Criei-te
poema sem rima
Dei-te
um nome que é morna carícia
E o
escrevi na areia, grande tela.
Circulei-o
com um coração caprichoso
E
num ritual forte te ofertei às ondas
Enquanto
semeava minhas lágrimas quentes.
Criei-te
liberdade, feito o vento
Dei-te
cores e pincéis
Que
me retribuíste com um arco-íris no olhar
E
violetas nas jardineiras de meus lábios.
Coloriste
minha alma com a primavera
E
destes vida às borboletas de papel.
Criei-te
doce, feito mel.
Segredei-te
meus sonhos mansos
Retalhos
de fantasias e verdades...
Busquei
refúgio no teu oásis de aconchegos
E
vivi o medo de mergulhar fundo nos teus olhos
Fonte
de desejos transbordando estrelas vivas.
Criei-te
luar farto
E
dei-te vastas avenidas para desfilar
Mas inquieta, sequestrei todo esse brilho intenso
Como se quisesse, por ciúmes, afogar a madrugada
Que rouba de ti o perfume do verão que se fez em mim.
Mas inquieta, sequestrei todo esse brilho intenso
Como se quisesse, por ciúmes, afogar a madrugada
Que rouba de ti o perfume do verão que se fez em mim.
Denize Maria
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